quinta-feira, janeiro 22, 2015

ESPECIAL: THE OSCARS 2015 || "American Sniper"

Mais um filme que pude riscar da lista de nomeados para a gala de este ano dos Óscares. Desta vez, dediquei o meu tempo ao muito falado filme nomeado para 6 Óscares, realizado pelo ilustre Clint Eastwood "American Sniper", (que acho que ainda não está nos cinemas cá em Portugal), um drama controverso, baseado numa autobiografia, onde entra o famoso actor Bradley Cooper a "vestir" a pele de sniper do exército americano na guerra no Iraque. 

A personagem representada por Bradley Cooper, de seu nome no filme Chris Kyle, é um texano um pouco agressivo porém divertido, que quando era criança aprendeu a caçar com o pai, e aos 30 anos decide ingressar no exército norte-americano. No exército, é destacado como sniper e tem um papel muito importante em todo o desenrolar da guerra no Iraque. Fica conhecido como o mais infalível sniper no exército, sendo reconhecido por toda a gente. Conhece uma mulher com quem se casa e tem filhos, que sofrem bastante com a ausência de Chris. 

O papel do actor principal do filme tem sido alvo de duas interpretações que não digo que sejam erradas: uma é o assassino em série ou serial killer, devido ao seu cargo no exército, matando pessoas inocentes que lhe pareciam suspeitas de algo, que, no entanto, este não tinha a certeza de tal;  outra é o facto de ser considerado um herói por muitos, por ser infalível, matando fortes ameaças iraquianas na guerra, protegendo assim o exército norte-americano e também o seu país. Para além destas interpretações que dividem o público que visualizou o filme, há também quem considere que este é um filme que ataca os islamitas, através de todas as mortes e acusações feitas no filme. 

Chris é também um homem que vive com um stress pós-traumático por causa da guerra, sendo perseguido pelos fantasmas da mesma. Viu parceiros morrer, matou pessoas, inclusive crianças que estavam envolvidas na guerra - as crianças era o que lhe mais custava, e Cooper conseguiu transmitir isso de maneira plausível. Quando acaba a sua quarta e última missão no Iraque, Chris volta para casa e demora algum tempo até conseguir aceitar que a guerra acabou e já não vai mais vestir o fato de soldado que antes envergava diariamente. Desde ouvir coisas na sua cabeça, imaginando ao mesmo tempo as paisagens de guerra, até comportamentos estranhos e inadequados no seu quotidiano já só como civil, Chris afecta também a sua família. 

Pessoalmente, digo-vos que gostei do filme simplesmente pela razão de que nos mostra alguma realidade passada na guerra, sejam boas ou más acções dos soldados e para com os islamitas, tratados no filme. Achei genial o facto de representar tão bem a maneira de como os soldados actuam durante o período de guerra onde se situam, querendo eu destacar que conseguimos ver através deste filme onde eles erram também como soldados. Para além disto, achei importante frisar o facto de transmitir o que passam os soldados após o termino das suas missões, toda a dor e angústia, desespero e o quão agarrados ficam ao que passaram anteriormente. Do meu ponto de vista é muito importante mostrar isto porque há muita gente que não tem noção do que os soldados passam e que, apesar da vida continuar quando acabaram o serviço, a guerra continua presente nas suas vidas. Também gostei de todo o ambiente envolvente da família de Chris, o que demonstram e o que sentem, neste caso saliento o que passou a sua esposa. Transmitiu também o que passam e sofrem, neste caso, os islamitas, que foram vítimas de alguns abusos por parte dos soldados, acima de tudo islamitas inocentes. 

Acima de tudo, não acho que "American Sniper" seja um filme de glória, mas sim de sofrimento. Só há um momento de glória em todo o filme, mas esse tem imensas represálias, não podendo ser, na minha opinião, destacado como "glória" e "sucesso". 


Uma pequena nota: Sem os óculos de sol e a barba de metro e meio, o Bradley está um gatão neste filme.

Sem comentários:

Enviar um comentário